E, enfim, eis que o presidente da maior potência bélica e econômica do mundo apareceu no Brasil. Não foi o primeiro a fazê-lo, mas, por ser Barack Hussein Obama, a tal visita vinha eivada de significados. Aos que se lembram da máxima de sua campanha para a presidência dos Estados Unidos da América do Norte, o famoso "Yes, we can", tê-lo aqui seria a grande oportunidade de entrar em contato com aquilo que podemos e com aquilo que, definitivamente, não podemos.
Na campanha eleitoral estadunidense o mundo ficou surpreso; parecia que, enfim, teríamos um hegemon presidido por alguém que olhava para questões preteridas pelos EUA há tempos. Na cabeça ingênua de gente comum que acompanha o sistema político internacional, o absurdo chamado Guantánamo seria enfim fechado, o sistema de saúde estadunidense ganharia possibilidades de atender aos pobres (o sistema lá é pior do que o nosso SUS, acredite), o embargo criminoso e ideológico contra Cuba seria revisto e a campanha bélica ganharia um tom menos bárbaro, começando com a retirada de tropas usurpadoras de um Iraque que verdadeiramente não tinha armas químicas e que foi invadido sem o consentimento da ONU (órgão que já não se sabe mais para o quê serve). Não veio esse homem ao Brasil, no entanto.
De promessa de campanha eleitoral, apenas a equiparação de salários entre os homens e as mulheres que exercerem a mesma função, algo que para uma potência econômica era mais do que obrigação. No mais, o Obama que nos visitou foi a personificação da decepção, visto que em pouco - ou nada - se diferencia do brucutu chamado George Bush. Triste, mas real.
De nossa parte, periferia do sistema econômico mundial, cabia o de sempre: se pouco politizados, "babar ovo" para o "superior e avançado"; se muito politizados, protestar contra a forma menosprezadora com que ainda nos tratam e contra mais uma guerra em busca de petróleo e dominação, que é a invasão da Líbia.
Mas o pior de tudo estaria por vir. O que assistimos nos dias daquela visita nos assustou. Assim como Obama é uma decepção, tivemos de lamentar a postura de nossa presidenta Dilma Rousseff. Numa atitude subserviente ao presidente do hegemon da vez, Dilma foi conivente com a prisão de vários companheiros de luta contra a dominação e a visão belicista da história. Foram vários os estudantes que tiveram suas cabeças raspadas, suas roupas retiradas e suas vidas aprisionadas em celas comuns, durante o tempo em que Obama esteve no Brasil. Afinal, para a presidenta, outrora presa e torturada pelo mesmo sistema estadunidense - responsável pelas ditaduras em toda a América Latina, incluindo a vergonhosa que tomou nosso país -, não foi problema fazer com os estudantes do Rio de Janeiro o que fizeram com ela anos atrás.
Por terem protestado contra a visão belicista estadunidense, nossos companheiros tiveram de sofrer, ironia do destino, o mesmo que nossa presidenta sofreu, só que agora com tudo consentido pela própria presidenta! O que vemos, pois, é que quem é torturado não esquece jamais. Ou entra em parafuso, lutando como louco para sobreviver aos fantasmas que tais abusos trazem, ou aprendem as nefastas técnicas para utilizá-las tempos depois. A última opção, tristemente, aconteceu com nossa Dilma Rousseff, a quem também dei meu voto, pois, como os estadunidenses, acreditei na farsa de que, sim, nós podemos.
Num mundo individualista e baseado na força de Mamon, o deus dinheiro, nós não podemos e, definitivamente, não temos muita força nem para apoiar o movimento Tortura Nunca Mais, pois aqui, tristemente, e tal como nos Estados Unidos, tortura nunca é demais.
liberdade, beleza e Graça...
"O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males".
ResponderExcluirObama no Brasil. Coisa boa não era desde o início, eu não acompanho notícia nenhuma, não tenho estômago pra isso, mas já sentia que esse raio dessa visita era pra coisa ruim, esse Estados Unidos cheira a sangue, por onde eles passam deixam um rastro de maldade. De pensar que foi fundado por cristãos... Sobre a postura do povo brasileiro que até festa fez pro cara... sei lá...
É triste, Cleinton.
pastor comunista. são poucos por ai.
ResponderExcluirNão espalha, não, moleque!!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E quem é que não muda quando sobe naquela "bendita"rampa?
ResponderExcluirabraço!
Juliana
Alienado político a prosar(eu mesmo).
ResponderExcluirNão seria útil se colocar no lugar da presidenta e imaginar os fatos?
A questão é: se a Dilma deixasse esses jovens à solta, não seria tamanha falta de respeito ao seu superior Hegemônico? Ou no mínimo uma recepção desamigável? E quanto ao medo de desagradar a referida potência?
Pobre da Dilma...
rsrsrs!
Você está zombando de mim, anônimo. Sinto que estás a zombar de mim... rsrsrs
ResponderExcluirrsrsrs! Eu ri aqui do estilo "Zombas de mim?". Mas sinceramente, esperava uma resposta mais concreta!
ResponderExcluirTodo fato tem, no mínimo, dois lados não?
E ,aliás, ficar preso só enquanto o o Barack tava por aí é pouco tempo. Valeria a experiência! rsrsrs!
Mas é claro, retomando, eis um alienado falando...
Quem foi torturado deveria nunca chegar a pensar em usar o mesmo artifício com outras pessoas, anônimo. Não é divertido isso tudo! Tinha pais de família nesse grupo de estudantes! A resposta é NÃO, NÃO DEVEMOS NOS DEIXAR TRATAR COM MENOSPREZO, POIS ESTAMOS EM CASA. QUEM CHEGA É QUE DEVE SABER QUE TEM DE TIRAR OS SAPATOS PARA ENTRAR!!
ResponderExcluirMas nossas crianças precisam se comportar em frente à visita, se não as punimos!
ResponderExcluirMas, tudo bem, é claro que dada a regência da igualdade social, não há muito que considerar cidadãos-criança ou adultos...
Porém é bom lembrar que protestos podem significar muita exaltação de ânimo e ,portanto, muito perigo para uma personalidade de destaque como Obama.
Sendo assim o grande erro não parece ser a detenção propriamente dita dos protestantes, e sim a forma violenta que os policiais conduziram a situação...
O que mais a Dilma poderia fazer?
Pergunta de alienado: ela foi a favor da violência ou da prisão?
minha crítica foi contra a tortura e não contra a prisão, anônimo. quanto à presidenta dilma, ela foi conivente. pelo seu histórico, ela poderia ter dado uma palavra, rechaçando a postura dos policiais, pois tortura não deveria caber mais aqui, sobretudo pelo histórico de nossa presidenta, que, apesar desse deslize, deverá fazer um bom governo, espero eu. há braços...
ResponderExcluirDiga-se de passagem, que após falar de cabeça raspada e roupas tiradas, veio "suas vidas aprisionadas em celas comuns" em mesmo tom, configurando vossa 'apreciação' para com a prisão também. Mas, fazer o quê, o tom crítico sempre se mostra um tanto vicioso em sua própria natureza.
ResponderExcluirConcordo que ela poderia ter feito algo. Contudo, não hemos de convir que seu trauma possa a ter cegado? Não haveria quaisquer questões a mais dando razão do silêncio dela?
Pensaria porventura que só poderia dar causa a mais problemas ato de resmungar com os policiais?
Há alguma inconsistência nessa história, não é possível(ou bem difícil), pois ENORME, o 'deslize' seria...
Alien