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Graduado em Artes Cênicas, Teologia e Ciências Sociais. Mestre em Sociologia e Direito pela UFF, Doutor em Sociologia pela UERJ e Pós-doutor em Sociologia Política pela UENF. Pesquisador de Relações Raciais, Sociologia da Religião e Teoria Sociológica. Professor do Instituto Federal de São Paulo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

"E o povo se cansou de ganhar mal"

Dois episódios marcaram as discussões sobre as relações de trabalho no Brasil recentemente. Em um deles, o dono de um restaurante pede desculpas pela demora no atendimento aos clientes, justificando que "o pessoal do Bolsa-família e da cervejinha não quer trabalhar". No segundo episódio, ocorrido na mesma quinzena do primeiro, um empresário reclama da falta de interessados em descarregar um contêiner com 950 caixas, achando um absurdo não conseguir três trabalhadores que topassem fazer o trabalho por 45 reais cada um, "com direito a um cafezinho no final". Talvez os dois empresários não consigam compreender as razões dos trabalhadores, que, em busca de um trabalho emancipador, cada vez mais se recusam a se envolver com o que conhecemos teoricamente como "trabalho alienado". 

Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, o trabalho alienado é aquele em que o trabalhador se vê "alheio de si mesmo", visto que não dita o ritmo do próprio fazer laboral, assim como não escolhe o salário e nem o horário, não conhece o todo, mas apenas uma parte do que faz, não se realiza no produto final e é controlado por forças externas a si, num processo de vigilância que mescla, segundo a historiadora francesa Michelle Perrot, um modelo religioso, baseado no silêncio absoluto, e um modelo militar, baseado na obediência total a uma hierarquia. Tais modelos, então, seriam os responsáveis pelo processo de "docilização dos corpos", teorizado por Michel Foucault, que, apropriando-se da ideia de panoptismo, de Jeremy Benthan, percebe um tipo de trabalho em que os operários são vigiados a todo tempo, mas que, por não conseguirem ver quem os consegue vigiar, mantém seus corpos obedientes, dóceis e produtivos. 

Na tentativa de oferecer respostas para tal nocivo processo de "docilização", autores da chamada "Escola de Frankfurt" propuseram saídas para uma sociedade baseada na técnica e na busca pela eficácia total. Para Theodor Adorno e Max Horkheimer, a lógica competitiva do mercado faz com que os trabalhadores percam muito do prazer de sua atividade, visto que a técnica aplicada ao trabalho tem provocado a alienação do trabalhador e o esgotamento dos recursos naturais, defendendo tais autores que a subjugação da natureza é também a subjugação do homem pelo homem. Seguindo os mesmos princípios de tal escola alemã, Herbert Marcuse chama a atenção para o conceito de unidimensionalidade, visto que o trabalhador alienado deixa de ver as várias dimensões de um processo produtivo, associando o seu fazer a apenas um aspecto da vida, como se o trabalho fosse algo com o objetivo de atingir apenas uma dimensão, a do "trabalhar para pagar as contas", esquecendo-se de que, como diz a música "Comida", da banda Titãs, "a gente quer comida, bebida, diversão e arte", apontando-nos dimensões outras da existência, como o consumo e o lazer. 

Embora o consumo seja quase sempre criticado, já que, em uma sociedade capitalista, sempre pode desbancar em consumismo, o filósofo francês Gilles Lipovetsky defende tal atividade como um fenômeno do nosso tempo, mostrando que a diversificação da oferta e a democratização do conforto e dos lazeres teriam o poder de diluir algumas regulações de classe, bem como criariam uma geração de consumidores em busca de cada vez mais qualidade dos produtos, além de exercitarem a capacidade de escolha, tornando a mercantilização das necessidades algo menos institucional e mais subjetivo e emocional. Todavia, o contraponto do sociólogo polonês Zygmunt Bauman é claro ao apostar na "irracionalidade do consumidor", já que "uma sociedade de consumo só prospera enquanto consegue tornar perpétua a não satisfação de seus membros".

A fim de harmonizar o que acima foi exposto, quanto a pensar trabalho, consumo e lazer, o filósofo e sociólogo Jürgen Habermas, expoente da segunda geração da Escola de Frankfurt, propõe que trabalho e vida devem ser dirigidos por tipos diferentes de agir. Para o mundo do trabalho, Habermas propõe o "agir instrumental", visando a busca da técnica e da eficácia, com tudo medido segundo critérios rígidos de avaliação. Para o mundo da vida, porém, o autor defende o chamado "agir comunicativo", que busca o consenso, com todos os indivíduos livres para expressarem suas ideias, sem que sejam interrompidos, tolhidos ou censurados. Na mesma busca, mas radicalizando ainda mais a proposta de Habermas, o sociólogo italiano Domenico de Masi propõe, não a separação de vida e trabalho, mas a junção de ambos, no que ele chama de "ócio criativo", que é quando se pode trabalhar ao mesmo tempo em que se vive, o que abre o mundo do trabalho para atividades sem premência de tempo e que permitam a elevação do espírito e a produção de ideias, o que nunca significará estar satisfeito apenas com o Bolsa-família e a cervejinha.

liberdade, beleza e Graça... 

 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

"Ainda estamos aqui"

Depois de muito tempo sem escrever, eis que me peguei novamente com vontade de digitar algumas linhas. A razão, como o título deste texto bem mostra, foi o novo filme de Walter Sales, que, com uma atuação brilhante da atriz Fernanda Torres, trouxe pela primeira vez na história um Globo de Ouro de atuação para o Brasil. Para um ator e diretor de Teatro como eu, ver alguém do nosso país atingir esse patamar é algo de fazer chorar de alegria; e chorei. 

Fernanda tinha diante de si nada mais, nada menos do que Angelina Jolie, Nicole Kidman, Kate Winslet, Pamela Anderson e a impagável Tilda Swinton, o que tornou a vitória algo de simplesmente homérico, visto que, se entregue a qualquer das seis candidatas, o prêmio estaria muito bem entregue, dada a potência cênica oferecida por essas seis espetaculares atrizes. 

O roteiro do filme de Walter Sales, que inclusive ganhou o prêmio máximo no Festival de Veneza, tem grande participação no troféu entregue a Fernanda Torres, uma vez que valoriza uma atuação "econômica", cirúrgica, eu diria, que Fernanda soube entregar com maestria. Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, entregou 25 anos antes uma interpretação que também merecia tal premiação, ainda que eivada de uma veia tragicômica, o que fazia da Dora, de "Central do Brasil", uma personagem que oferecia muito mais recursos a uma atriz em busca do Olimpo da intepretação cinematográfica. A Eunice Paiva de Fernanda Torres tinha bem menos recursos a oferecer à interpretação desta atriz, o que torna a premiação ainda mais elogiável. 

O filme é sobre família, sobre resiliência, sobre luta, resistência, democracia e direitos. Mas, ainda que pudesse ser um panfleto político a ser usado como um "tapa na cara" da ditadura militar, que nos assolou por 21 anos, a película de Walter Sales não se apresenta como uma "vingança", como um insulto ou um "troco". Tanto assim é, que esse filme, apesar de muita propaganda contrária - inclusive pregando boicote ao filme, por parte dos adeptos da extrema-direita brasileira - conseguiu algo que apenas o esporte tem conseguido nos últimos anos; unir um país com um sentimento de orgulho, de pertencimento, de irmandade mesmo. 

É claro que isso preocupou a extrema-direita brasileira, pois, para esta, a polarização interessa mais do que tudo, uma vez que qualquer elemento a pacificar e unir os brasileiros em torno de um único propósito ou sonho já aparece como um fantasma, tal como o "comunismo", o banheiro unissex ou a mamadeira de... ah, deixa pra lá. Os arautos desse espectro político até tentaram diminuir o tamanho da conquista de Fernanda Torres para o Brasil, mas, quando uma pessoa, ainda que simpatizante da ideologia desses mesmos arautos, vai ao cinema, fica com a sensação de que pode estar sendo enganada, dada a força do filme em nos carregar, sem qualquer espírito de revanchismo, a um ponto comum, a algo ou algum lugar que nos faz bons, solidários e próximos de novo. 

Não sei se o Oscar vem dessa vez, pois são outros votantes e muito dificilmente a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas estadunidense premiaria uma pessoa falando em língua não inglesa. De todo modo, vale a torcida por Fernanda, que, tendo desbancado Jolie, Kidman, Winslet, Anderson e Swinton, só precisaria levantar a cabeça e encarar de frente, e com toda dignidade e altivez de uma grande atriz, a convincente e maravilhosa atuação da Demi Moore.  

liberdade, beleza e Graça... 

    

sexta-feira, 28 de julho de 2023

"Indecisão"

Por enquanto

É tão

É tanto

É quanto

No entanto

Conquanto

Por tão

Portanto

Ponto.


liberdade, beleza e Graça...


segunda-feira, 27 de março de 2023

"O filho, um dia, à casa torna"

Com a morte do meu pai, tendo eu apenas 2 anos de idade, fui levado a um orfanato em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, tendo minha mãe virado as costas e deixado os três filhos com "amigos novos e em um lugar bonito". Foram 12 anos de orfanato. Anos de tortura e de muita violência e injustiça, mas ainda sem o Estatuto da Criança e do Adolescente, que à época nos protegeria muito, caso já existisse.

Aos 12 anos de orfanato se juntaram um com minha avó materna, alguns meses em pensão, dividindo quarto com mais 7 e vendo minhas roupas sumirem e aparecerem suadas, e algum tempo morando de favor ou em um quartinho alugado, antes de alguma dignidade aparecer. Como o mais digno foi uma casinha de 2 cômodos e com banheiro externo, a ida para um grande centro se tornou condição fundante de existência. Fui para o Rio de Janeiro. 

Formação em Artes Cênicas e vida dura, sem dinheiro algum. Formação em Teologia e vida dura, sem dinheiro algum. Formação em Ciências Sociais e a coisa começou a clarear, mas só após o mestrado. Até isso, vida dura, sem dinheiro algum. Mas pelo menos já não era mais a história de dividir um pacote de biscoito para almoçar a metade e jantar a outra parte. Com o mestrado vieram a bolsa e as aulas, o que já me fez sentir cidadania correndo na veia. Ganhar 1200 reais "só para estudar", e estando em uma universidade federal era para mim a primeira experiência como cidadão; comecei a sentir que o país fazia algo por mim. No doutorado, apesar de uma bolsa ainda maior, eu já não sentia que era um favor do Estado, mas uma obrigação mínima. Não teve, pois, a emoção da primeira bolsa, a mais barata. 

Ao final do doutorado, a aprovação em concurso público federal. Acabou a vida dura, a falta de dinheiro algum. A dignidade enfim veio e trouxe consigo o que todo brasileiro deveria conseguir: sair da vida dura, a sem dinheiro algum. Anos e anos de Rio de Janeiro, anos de Espírito Santo e, após um pós-doutoramento que eu nem esperava, eis que surge uma oportunidade de voltar à terra do orfanato, a minha terra. Aqui tudo se mostra reconhecível, apesar de tantos bairros novos, pontes e avenidas largas. Rio Preto não é mais a mesma, mas não mudou nada. Entende o paradoxo? Um lugar totalmente mudado, mas o mesmo sentimento de pertença. A mesma possibilidade de se falar "é o meu lugar". 

Não sei ao certo se serei mais útil trabalhando as Artes Cênicas, a Teologia ou as Ciências Sociais. Mas agora é gastar nesse Rio o que o outro Rio me deu. Vivo, sou algo, entre dois Rios; o de Janeiro e o Preto. Tentei andar no Espírito, o Santo, mas não fui crente o suficiente. Não tenho mais o mar e nem a queima de fogos em Copacabana, mas tem o sotaque que outrora tive, tem um contingente de ao menos 100 irmãos de orfanato, tem família de sangue, tem a represa, o Teatro Nelson Castro, o Humberto Sinibaldi e o Paulo Moura. Tem o Bar do André, o do Roberto. Tem a igreja onde me converti e a professora que me salvou. Enfim, estou em casa; eu sou daqui. 

liberdade, beleza e Graça...  

     

terça-feira, 30 de agosto de 2022

"É válido interpretar a Bíblia literalmente?"

Há tempos venho ouvindo evangélicos radicais dizendo que acreditam na literalidade da Bíblia. Um aluno meu, em uma aula de Ciência Política, e sobre a situaçao nacional em um momento eleitoral, fez uma pergunta buscando entender a razão de "a Bíblia parecer estar do lado do bolsonarismo, já que são muitas as citações bíblicas feitas por esse grupo, que parece mesmo conseguir provar suas teses". 

Abri um parêntese na aula de Ciência Política e enveredei pela Teologia, área na qual tenho também formação. Comecei explicando que a possibilidade de se ler hoje literalmente a Bíblia se depara com a dificuldade de se entender hoje o contexto histórico dos tempos bíblicos, o que nos obrigaria a aprender sobre Exegese de textos antigos, tarefa nenhum pouco fácil, embora tenhamos muitos estudiosos que nos ajudam nessa empreitada, sendo um que admiro muito chamado Osvaldo Luiz Ribeiro, que mantém no Youtube uma excelente fonte de conhecimento chamada "Tenda do necromante".

Dada a primeira dica, prossegui mostrando que há pelo menos 3 possibilidades de se ler a Bíblia, incluindo a que busca interpretá-la literalmente, embora esta seja a que mais corre riscos de cair em contradições e incoerências. Indo, pois, a essa teoria, a chamada "Proposicional Direta", teríamos a divindade como aquele ser que "narra ou sopra o conteúdo a ser ensinado", cabendo ao escritor ou escritora do texto sagrado tão somente escrever, num gesto que mais se aproximaria da psicografia. Assim, Deus sopraria ou narraria o que quer e ao ser humano escritor caberia apenas ser usado para que forma e conteúdo divinos do texto sagrado fossem fixados para ulterior ensino. 

A segunda teoria, a Proposicional Indireta, traria uma narração divina, mas respeitando a emoção e a história do autor humano, o que faria com que o conteúdo fosse divino, mas a forma de escrever fosse humana, o que explicaria os rompantes de um "Deus mau" do Antigo Testamento, já que a maldade estaria no estado de espírito do escritor, responsável pela forma do escrito, uma vez que este estaria escrevendo muitas vezes tomado de ódio pelas circunstâncias vividas, sobretudo em tempos de dominação e escravidão a povos estrangeiros.

A terceira teoria de inspiração bíblica, a Cósmico-histórica, mostraria as leituras que o ser humano faz das manifestações da natureza no Cosmos, entendendo os autores que tais manifestações seriam "falas de Deus para os povos", sendo que tanto a forma quanto o conteúdo do texto seriam apenas "coisas da cabeça do escritor", o que isentaria Deus de ser o responsável direto pelo texto produzido. Assim, Deus seria o que o ser humano escritor entenderia que é, e estaria dizendo o que esse mesmo escritor traduziria como "palavra de Deus", sendo que o Ente sagrado não diretamente se manifestaria. 

A crise se estabelece justamente nas duas visões mais extremadas, já que, ou Deus assume sua maldade na Proposicional Direta, sendo autor das maiores atrocidades narradas no texto, como mandar rasgar a barriga de mulheres grávidas ou estourar a cabeça de bebês em pedras, ou não teria nada a ver com isso, dado que o que a ele foi atribuído é coisa meramente humana, criação de uma mente fértil e ávida por ter um específico controle social, sempre mais eficiente se for "em nome de Deus". 

Ao ser provocado, após a explicação em sala, sobre qual seria então a visão mais correta, respondi à classe de estudantes que, "se os pastores que pregam literalidade da Bíblia apedrejassem seus filhos (quando estes lhes fossem rebeldes e, por exemplo, colocassem bríncos ou tatuagens, sem o consentimento dos pais), ou se esses mesmos pastores dividissem os dízimos da igreja com viúvas, órfãos e estrangeitos, então, a leitura literal poderia ter razão". Como não fazem isso, usam a Bíblia apenas como fonte de engodo e dominação das massas, e nunca assumindo que o seu deus é também mau, pois, ao fim e ao cabo, como o deus foi construído por eles, eles é que são maus.

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quinta-feira, 28 de julho de 2022

"Análise da conjuntura política para a eleiçâo 2022"

A eleiçao que se aproxima pode ser a mais óbvia, com Lula nadando de braçada rumo á vitória, mas, em tempos de redes sociais e divulgação em massa de tudo, sempre é bom ficar com um pé atrás. A saída de Sérgio Moro do páreo praticamente liquidava a tentatia de se levar a disputa para um segundo turmo, dada a rejeição de Bolsonaro e a fraqueza da chamada "terceira via", que só se tornaria competitia com um Ciro Gomes como cabeça de chapa, trazendo de repente uma Simone Tebet como vice. Com Janones abrindo mão em favor de Lula, bem como com o excelente desempenho deste na sabatina do Jornal Nacional, a coisa passou a ficar ainda mais propensa a um turno apenas, mas é sempre bom lembrar que o mundo dá voltas.

A análise que faço é a de que ainda há espaço para uma vitória em primeiro turno, mas dependendo de dois fatores cruciais, que considero que devem acontecer já na primeira semana se setembro. Há pesquisas que mostram que 55% dos eleitores que declararam voto em Ciro Gomes admitem mudar de atitude já no primeiro turno, trazendo o chamado "voto útil" em Lula, o que seria melhor para evitar Bolsonaro e toda a sua máquina de fake news em um turno adicional. Além disso, existe a ala "petista" do MDB, ávida por um apoio de Tebet a Lula, cedendo a este mais de 2 a 4 pontos percentuais. 

Não alcançando Ciro Gomes os dois dígitos até a primeira semana de setembro, é bem provável que tenhamos um incremento nas intenções de voto em Lula já nesse período, todavia, o bom desempenho de Simone Tebet no primeiro debate dos presidenciáveis deve frustrar os planos de Renan Calheiros e companhia na intenção de tirá-la do páreo, sendo isso talvez insuficiente para atrapalhar a vida de Lula, se se confirmarem mesmo pelo menos parte dos 55% dos ciristas. 

Lula não perdeu votos com o primeiro debate, mas também é consenso de que não ganhou novos adeptos, visto não ter sido nem sombra do Lula que encarou com destreza e maestria a dupla que comanda o Jornal mais assistido do país. De todo modo, o petista deu a sorte de ao menos ter sido superior a Bolsonaro, que, sendo classicamente Bolsonaro, caiu justamente onde não poderia cair, a saber, na misogenia de sempre, ao atacar covardemente a jornalista Vera Magalhães, o que o impediu de fazer o afago mais do que necessário no eleitorado feminino, segmento em que perde feio.

O vacilo de Bolsonaro acabou por ser a maior lembrança que se terá desse primeiro encontro, no qual Lula não se expôs, numa postura de controle de estragos, sobretudo quando confrontado por Bolsonaro sobre a temática da corrupção. Se quiser ganhar novos eleitores, o petista terá de ser mais incisivo no debate da Globo, às vésperas da eleiçao. Analisada a "vitória" de Tebet e não confirmada a migração dos ciristas para Lula, será necessário um combate muito mais forte no debate final, mas isso Lula sabe bem como fazer. Afinal, como disse Chico Pinheiro, "ninguém ensina futebol ao Pelé".

liberdade, beleza e Graça...  

(Ps: o atraso na publicação me fez trazer novos elementos, como os do debate de ontem, dia 28/08).


sábado, 18 de junho de 2022

"Instalações poéticas: a Covid no Brasil das eleições"


Covid. Convite. Com vida. Covarde

No braço que cruza, apesar do alarde

Congresso. Desgosto. Ação que vem tarde

Pro líder que zomba, inferno que arde

No dia do voto, te dizem "vai tarde".


liberdade, beleza e Graça...