"As estações e os cafezais"
E era como um lapso de memória
Que em trazendo potência, alma, história
Irradiava um breu de luz
E dos tomados velhos vícios, desesperanças, desperdícios
Caos, silêncios de interstícios, já obrigava à cura o pus
E em pressa, luta, correria
Ao transmutar descrença pia, desrespeitando a agonia
Nada mais quis do que inventar
Só fez da Mata, alma bela
Correr por mares, vilas, vielas
Sendo usurpadas já em Vilelas
Por transformar o mar em A-mar
E num pulsar mais que ingente
Ao desnudar o incorrente
Para animar alma nascente em plantações primaveris
Mudou em vida a morte crua
Inspirou gritos, choro em rua
E apaixonando uma alma nua
Pra eternidade pôs raiz
liberdade, beleza e Graça...