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Graduado em Artes Cênicas, Teologia e Ciências Sociais. Mestre em Sociologia e Direito pela UFF, Doutor em Sociologia pela UERJ e Pós-doutor em Sociologia Política pela UENF. Pesquisador de Relações Raciais, Sociologia da Religião e Teoria Sociológica. Professor do Instituto Federal de São Paulo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

"Retratos de uma pandemia: Machado"

Hoje em dia, ao lecionar Sociologia, sempre me orgulho de um professor que tive no doutorado, mas que, infelizmente, não está mais entre nós. Luiz Antônio Machado da Silva, ou apenas "Machado", é daqueles caras que sempre serão lembrados, até porque os livros não me deixarão esquecê-lo. Prova disso é que, ao lecionar sobre violência urbana, sempre me deparo com o conceito que meu grande professor cunhou, o de "sociabilidade violenta", que agora serve de base para muitos estudiosos das Ciências Humanas e Sociais. 

Machado se foi para a Covid 19, em um momento em que o negacionismo do presidente e de seus defensores impedia que vacinas chegassem e salvassem nosso povo, mostrando a faceta mais cruel de um governo que nunca poderia ter chegado ao poder, dado o total descaso com a vida humana. Talvez os livros de Sociologia nunca tragam um conceito meu. Mas o do Machado está lá. E, como fui aluno dele, sinto-me como um filho intelectual. Assim, tal como no caso das obras de arte, os livros continuarão a manter o Machado vivo. A Covid matou mais um entre mais de 630 mil brasileiros. Mas as ideias ficam. 

liberdade, beleza e Graça...