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Graduado em Artes Cênicas, Teologia e Ciências Sociais. Mestre em Sociologia e Direito pela UFF, Doutor em Sociologia pela UERJ e Pós-doutor em Sociologia Política pela UENF. Pesquisador de Relações Raciais, Sociologia da Religião e Teoria Sociológica. Professor do Instituto Federal de São Paulo.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

"Operação Zelotes: não passaremos mais o Brasil a limpo"

Enquanto a maioria da população entende - obviamente que inundada por "informações" de uma mídia nada imparcial - que a Operação Lava Jato é o maior patrimônio atual do Brasil, significando por isso a possibilidade de se ferir de morte a chaga da corrupção tupiniquim, a operação que deveria ter mais atenção, mas que é quase que totalmente ignorada pela grande mídia - e por razões bastante óbvias - é a chamada Zelotes.

Responsável por investigar as propinas pagas pelas maiores empresas e empresários brasileiros junto à Receita Federal, a Operação Zelotes tem em sua lista de acusados os chamados "peixes grandes", isto é, o grupo que sempre dominou o Brasil, tanto política quanto economicamente. Se conseguisse mandar para a prisão tais corruptos e corruptores, a Zelotes prenderia o presidente do Bradesco, o das Organizações Globo, o do Bank Boston, o da Mitsubishi, entre outras figuras "intocáveis" da nação.

Acontece, todavia, que aquela que poderia ser uma substancial ajuda para tal feito realmente histórico, a CPI do CARF - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, encerrou suas atividades sem qualquer indiciamento e sem sequer chamar aos depoimentos as figuras acima citadas. Assim, ainda que a Globo tenha pagado mais de 15 milhões em propinas, a fim de abater um débito de mais de 150 milhões, jamais será chamada às responsabilidades, bem como o Bradesco, que teima em passar a imagem de "bom moço", num revezamento de tocha que consegue o paradoxo de jogar na escuridão a verdade que pela maioria é infelizmente ignorada.

Não se pode prever o fim da Zelotes, assim como já aconteceu com a CPI que envolve a mesma, no entanto, será importante acompanhar os próximos passos de tal operação, já que, sem uma cobrança e pressão popular, tal operação corre o risco de ser lançada para fora do jogo político brasileiro, assim como a ovacionada Operação Lava Jato, já que esta última parece ter se tornado uma perseguição direta a determinado grupo político, mostrando - ainda que a tática seja a de não mostrar - que "quem não está sendo falado, provavelmente não pode ser taxado com as mesmas nomenclaturas atribuídas ao Partido dos Trabalhadores e seus seguidores". 

Portanto, com a Lava Jato chegando ao ponto de colocar o nome da atual etapa de "Resta Um", fica difícil acreditar que, tornando Lula inelegível em 2018, num processo que pode ser tão obscuro quanto o do impedimento de Dilma Rousseff, ainda reste algo para o midiático juiz Sérgio Moro fazer. Talvez, depois do "um" que resta, Moro decida buscar o descanso que a elite defenderá que ele merece. Afinal, o juiz terá trabalhado muito e, chegando em investigações a partidos como o PSDB e o DEM, será o momento mais propício para entrar em "merecidas férias". 

liberdade, beleza e Graça...
   


Um comentário:

Unknown disse...

Ola Professor. Francis aqui, cursei contigo as disciplinas de teologia, sociologia e antropologia na UNIDA. Cresci muito por sinal. Hj estou no Mackenzie mas logo estarei de volta na Unida para conclusão do curso.
Gostaria de informar que gostaria de ler estas suas postagens blogueiras, mas esta difícil, visto que o senhor escolhe as letras de cor cinza e o fundo da pagina principal de seu blog também é cinza!!
Se nas proximas postagens estiverem numa cor mais contrastante eu consigo ler.
Valewww !! aguardo proximas postagens!!!